segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cerrado ou Serrado?

Ocupando aproximadamente 25% da superfície do território brasileiro, o Cerrado, visto como integrante do bioma das Savanas, é reconhecido por apresentar a maior riqueza em biodiversidade do mundo e é considerado um dos “hotspots” mundiais, isto é, uma das áreas mais ricas e ameaçadas do Planeta. Conforme estudos publicados pelo Banco Mundial, o Cerrado brasileiro apresenta caráter de “distinção”, em nível mundial, pelo alto grau de diversidade e espécies endêmicas que apresenta (ou seja, só ocorrem nas savanas brasileiras), resultante do mosaico diversificado de tipos de habitat.

Estima-se que o Cerrado brasileiro contenha 5% da fauna e flora mundiais. Esse domínio ambiental exibe diversos ecossistemas, flora com mais de 10 mil espécies de plantas, com 4.400 exclusivas desse ambiente. Segundo o Ibama, a fauna apresenta 837 espécies de aves, 212 espécies de mamíferos, sendo 19 endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das quais 45 endêmicas. A vegetação é constituída por diferentes tipos de formações florestais, com mata ciliar, mata de galeria e cerradão; formações savânicas, representadas pelo cerrado sentido restrito e vereda; além das formações campestres, com campo sujo e campo limpo. Conhecido também como “Berço das Águas”, o Cerrado possui uma malha de nascentes, córregos e rios de fundamental importância para o país, permitindo o intercâmbio das sementes e a dispersão da fauna, através das matas de galeria que acompanham os rios. Apesar de abrigar uma grande riqueza em sistemas hídricos, é importante observar que os mesmos são extremamente vulneráveis às alterações produzidas pelo uso inadequado da terra, em alguns casos com perdas irreversíveis.

sábado, 29 de junho de 2013

Brincadeira, ciência e cultura: visita à comunidade indígena Guarani-Kaiowá Amambai


 Quem disse que não dá para aprender brincando?

 

A galera da Casa da Ciência, em parceria com o projeto Memórias do Futuro, viajou até Amambai no dia 30 de Maio para provar, juntamente com o pessoal do JIGA (Jovens Indígenas Guarani-Kaiowás em ação), coordenados pelo educador Ismael Morel, que é possível fazer do aprendizado algo dinâmico e divertido. Para provar tal feito, a programação do evento contou com oficinas astronômicas, de reciclagem, de brincadeiras tradicionais e ainda roda de histórias.





A interação desses projetos junto à aldeia indígena Guarani-Kaiowá Amambai gerou resultados satisfatórios. A troca de conhecimentos permitiu que víssemos a astronomia através da cultura Guarani, e foi possível a comunidade observar um pouco mais de perto os astros que já estavam nas antigas histórias contadas pelos mais velhos.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Monumento - Símbolo da UFMS

Por iniciativa de professores e alunos do Curso de Arquitetura da UFMS junto ao Conselho Municipal de Cultura, desde janeiro de 2006 o Monumento-Símbolo da UFMS é considerado patrimônio da cidade de Campo Grande.
Assim, em 10 de janeiro de 2006, o Prefeito Nelson Trad Filho assinou o Decreto n.9489, publicado no Diário Oficial de Campo Grande no dia seguinte, em cujo artigo 1º lê-se:
É considerado patrimônio da cidade de Campo Grande - MS o Monumento-Símbolo da FUFMS - Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, conhecido por "Paliteiro", situado no Campus da FUFMS.
Parece-nos interessante perguntar porque um simples paliteiro seria símbolo de uma universidade e, ainda, por que esse paliteiro deveria ser considerado relevante para ser tombado como patrimônio histórico pela prefeitura.
A resposta para a primeira questão encontra-se no livro "As duas histórias da Universidade: 1966-1978", do Prof. e ex-Reitor João Pereira da Rosa*. Textualmente: "...foi um projeto do arquiteto Caetano Fracarolli, que se inspirou na juventude para realizá-lo. As colunas horizontais nascendo da água, que representa a vida, são às pessoas que passam ao largo, o sentido de movimento e expressam o dinamismo da juventude. As colunas orientadas para o alto, (infinito), representam as aspirações sem limites dos jovens de nossa terra.".
Será que a palavra "Paliteiro" tem a capacidade de expressar essa riqueza conceitual?

* João Pereira da Rosa, As duas histórias da Universidade: 1966-1978, UFMS, 1993, p.58.

Prof. Dr. Onofre Salgado Siqueira - Química de Coordenação, DQI-UFMS


NOTA: Essa matéria fez parte da terceira edição do informativo Principia. Para conferir essa e outras edições basta acessar nossa página de downloads!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Início das Anarco Atividades de 2013


No dia 23 de março ocorreu o primeiro evento do Anarco, que além da observação astronômica, confraternização, comidinha especial, acampamento e trilha interpretativa (em Furnas!), contou também com a presença dos geógrafos de Prudente (já anarcos desde 2011), Thiago Moraes Passos, Gabriel Loschiavo Cerdeira e André F. Alves, que contribuíram com as oficinas realizadas durante as trilhas interpretativas (lascamento de rocha e pintura rupestre) e uma deliciosa conversa ao ar livre!

Para saber mais sobre o evento, confira no blog do ANARCO: anarcopedagogicoatemporais.blogspot.com

Pra ficar melhor ainda, registramos como foi essa conversa educativa acerca da arqueologia e da percepção!
Confira os vídeos nos links abaixo :
Conversas Atemporais I: Arqueologia da Percepção
Conversas Atemporais II: Arqueologia da Percepção
Conversas Atemporais III: Arqueologia da Percepção

A todos que compareceram e contribuíram de alguma maneira para o Anarco começar com toda essa energia, fica aqui o MUITO OBRIGADO do Principia!


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Casa da Ciência vai a palestra de Marcos Pontes


Confira o que o monitor Crystian Proença nos contou sobre a palestra do primeiro astronauta brasileiro: Marcos Pontes.


"No dia 26 de outubro de 2012, tive o imenso prazer de assistir, juntamente com meus amigos do Clube de Astronomia Carl Sagan, a uma palestra ministrada por Marcos Pontes, “O Astronauta Brasileiro”. Marcos iniciou sua fala comentando a respeito de objetivos pessoais, persistência e sucesso. Frases como “Sua vida só muda quando se percebe que ela é unicamente de responsabilidade sua.” e “Você é o que faz de si! Todos nós somos iguais, o que mudam são os objetivos.” surpreenderam-me, pois esperava algo focado no mundo cientifico, falando sobre o desenvolvimento tecnológico e repleto de termos técnicos, o que poderia tornar o assunto entediante. Os espectadores absorveram na simplicidade de suas palavras a mesma motivação existente anos atrás em um garoto nascido em Bauru, interior de São Paulo, que teve muitos motivos para desistir de seus sonhos, mas com muito esforço tornou-se capitão piloto de caça na Força Aérea Brasileira, engenheiro aeronáutico, mais tarde, conquistou o título de primeiro astronauta brasileiro! Hoje em dia, trabalha como embaixador da ONU para o Desenvolvimento Industrial e possui uma fundação com seu nome cujos objetivos são Educação, Ciência e Tecnologia. Esse garoto chama-se Marcos, Marcos Pontes."

Crystian Proença, monitor voluntário da Casa da Ciência


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Parabéns, Casa da Ciência!

No dia 05/10, sexta-feira, foi comemorado o 5° aniversário da Casa da ciência de Campo Grande! E é claro que uma data tão importante como essa não poderia passar em branco!
Rolou uma super festa lá no Espaço Oficina (que passou por uma reforma e agora está de cara nova), com direito a salgadinhos, bolo e até música ao vivo!
A festa contou com a presença dos antigos monitores, professores, colaboradores, amigos da Casa, parentes, vizinhos, cachorro, gato, papagaio, ENFIM...!

Todos que, de alguma maneira, fizeram/fazem parte desses cinco anos de Casa da Ciência - a NOSSA casa - entendem o quão gratificante é a experiência. Os benefícios vão muito além da formação teórica  tradicional: o projeto de extensão coloca em prática, e de maneira informal, aquilo que se aprende dentro de sala de aula. O contato com a comunidade enriquece a formação cultural dos alunos da graduação e ajuda a difundir/divulgar o conhecimento cientifico.

Parabéns, Casa da Ciência!

Galera explorando o novo Espaço Oficina
Reencontro dos monitores antigos


Banner 

Antigos monitores 

Alguns dos petiscos servidos na festa

Futuras monitoras!

Sarau !

Hora do discurso!






quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ha mboriahu (Oh, pobre)

A poesia "Ha mboriahu" foi escrita por Teodoro Salvador Mongelós, originalmente em Guarani. Ela foi capa da oitava edição de nosso informativo, que falou um pouco sobre a situação do indígena na fronteira.


Abaixo segue a tradução para o português:

"Oh, pobre, que tudo suporta
Como é possível que Deus nos tenha feito tão desiguais?
Pobre, que suporta lamentos e lágrimas
Toda a dor que há
Somente a ti te golpeia
E rasteja como um menino.
Oh, pobre, penoso é teu caminho,
E seu coração não encontra onde descansar.
Pobre, em ti recai o castigo divino.
Será que quando morrermos
Sairemos do abrojal para irmos
Diretamente ao Inferno.
Do pobre só se escuta que é bêbado e ladrão
Não o verás viver em paz.
Só os pobres fazem coisas ruins sobre a Terra
E ao morrer nem debaixo do solo
Há lugar para o pobre."


Pra quem não viu a versão original, a gente posta aqui também:

"Ha mboriahu, reisu'úva anga opaite mba'e
Hípa Tupã, peichaite ra'e ore mbojoavy
Ha mboriahu, ñembyasy ha tesay rupa
Ku mayma oimevéva mba'asy
Nderehénte ojejapetepa
Ha mitãicha repoñy.
Ha mboriahu, ipohýi reipykúiva tape
Ha nde py'a, mamove ndojuhúi pytu'u
Ha mboriahu, Ñandejára tukumbo rupa
Piko aipo ñamanórõ añete
Ñuatindýgui ñasê ha jaha
Jaipykúivo añaretã.
Mboriahúnte, pehendúne ika'úrõ ha imonda
Ha anichéne pytu'úpe oikovérõ pehecha.
Mboriahúnte ko yvy ári ojapóva naiporãi
Ha omanórõ ni yvyguýpe
Mboriahúgui nahendái."